Crianças sobredotadas: o testemunho da Dra. Catarina Pedro
Há aquela ideia feita sobre os sobredotados, a de que são bons em tudo, a de que têm notas excelentes em todas as matérias, mas a realidade é diferente.
A reportagem do jornal Público, que data de 2012, começa desta forma: “Mãe de sobredotado Catarina teve André aos 30 anos, mas só percebeu que ele tinha uma inteligência acima da média muito depois. Agora está a formar o pólo de Lisboa da Associação de Crianças Sobredotadas.”
Sendo hoje uma das responsáveis por esta associação, quando decidiu partilhar a experiência pessoal fê-lo porque “ser mãe de um sobredotado ou de uma criança com uma inteligência acima da média não é fácil. Há aquela ideia feita sobre os sobredotados, a de que são bons em tudo, a de que têm notas excelentes em todas as matérias, mas a realidade é diferente”.
E continua: “cansada de não ter respostas na escola, Catarina procurou alternativas na Internet. Descobriu, no Porto, a Associação Portuguesa de Crianças Sobredotadas (APCS). André tinha quase sete anos quando foi submetido a uma rigorosa bateria de testes de avaliação. E o resultado não podia ser mais claro. ‘Foi uma sensação fantástica ter alguém que percebia o meu filho. Até me deram os parabéns.’ A psicóloga percebeu, porém, que tinha mesmo de fazer alguma coisa. Senão, a frustração vai ser cada vez maior, avisaram-na.”
“Na escola, a postura alterou-se. Delinearam ‘um plano de desenvolvimento’ para André, que acabou por beneficiar de ‘uma tutoria’ durante um ano lectivo. Satisfeita com os resultados, mas consciente de que o filho vai precisar sempre de mais estímulos, Catarina tenta agora com outros pais de sobredotados encontrar um local para instalar o pólo de Lisboa da APCS. Entretanto, formou-se um grupo de quatro rapazes e duas raparigas, que ‘se deram bem desde o início’. ‘Nota-se que estão mais calmos e felizes.'”